14 de out. de 2008

Telperion




Nada há.

A água do Caos
Rega a semente
Germina ser
Árvore

A raiz expande o Cosmos
Ara a terra
Se aprofunda no pó
Da morada sempiterna dos mortos
Surge a vida

De sua bela flor transcende a Lua,
musa fértil dos amantes,
das criaturas noturnas e
dos seres errantes

Cresce indiferente aos outros seres
Seu primeiro ramo
Almeja o Céu
Seu primeiro ramo
Nasce verde
Seu primeiro ramo
Morre cinza
No galho
Ermo
Do desvio

e quando tudo acaba
Fëanor seiva ser deus

aguarda





6 comentários:

Mi disse...

Que bonito!

E, sim, os parabéns tb são extensivos a quem foi professor um dia... já o dia de folga não... rs

Um abraço.
Apareça.

Graça Pires disse...

A água e a terra. A raiz e a seiva.
Um belo poema.
Um abraço, amigo.

Josely Bittencourt disse...

Muito bom!Q o diga Tolkien.


sabe...


você tem razão quanto ao agnóstico rsrs


:*

Graça Pires disse...

A imagem que tenho no meu "Ortografia" é um óleo sobre tela do pintor Balthus (como era conhecido) que nasceu em Paris em 1908 e morreu na Suíça em 2001.
Um abraço.

livia soares disse...

Belo poema.
Deixou-me a refletir muito...
Um abraço.

Regina Graça disse...

Quase uma tarde em busca de uma escrita diferente. Encontrei!