14 de out. de 2007

E se...

E se eu disser que te amo, mas as palavras saírem trêmulas de modo a entregar minha falsidade?
E se eu disser que posso sentir meus leucócitos morrerem, um a um, deixando-me incapaz de qualquer imunidade, até mesmo de uma gripe?
E se eu disser que as pessoas se divertem com algo que é a causa da minha doença?
E se eu disser que as estrelas tentam, em vão, imitar o brilho dos seus olhos?
E se eu disser que só fui legal com você por que estava interessado na fenda entre suas pernas?
E se eu disser que estou arrependido por não ter aceitado o seu pedido de namoro simplesmente porque queria curtir meus dezenove anos?
E se eu disser que entendo mais de amizade que amor?
E se eu disser que o seu perfume me excita mais que você?
E se eu disser que a morte é a salvação?
E se depois da morte existir somente o nada?
E se eu não existir?
E se eu transar com Angelina Jolie, fará alguma diferença em minha vida, serei feliz?
E se você me disser que eu só sirvo como amante, contudo não conseguir me deixar?
E se eu disser que todo esse relacionamento não passa de um jogo de interesse e que você não o ama?
E se eu disser que sinto saudade?
E se eu disser que não?
E se eu disser que prezo tanto sua amizade que sinto medo e não quero que você conheça meus defeitos?
E se eu disser que sofro mais por minhas amigas que paqueras?
E se eu me casar?
E se eu disser que o sol não tem mais o mesmo brilho que outrora e que a chuva me deixa eufórico?
E se eu disser que todas as noites, que consigo dormir, sonho contigo?
Mas eu nada digo.