24 de mar. de 2008

Uma Tarde



Reconheci, pelos olhos, o sorriso
Só visto em foto de minha amiga
E confabulamos por várias horas
Até o triste matiz do arrebol.

Agora cresce uma má vontade
Em meu peito assaz contrito
Porque chegou a hora da partida,
Da distância longínqua sem alarde.

Na imensa lotação, observo e concluo:
Este lugar é um ermo platônico;
Devotado a Satanás está o mundo,
Oxalá Cthulhu viesse de Plutão!

É melhor o descaso ou a alienação?
Reme, meu peito, singre para longe
Do lacrau urbano e se lembre da feição
Amiga, que sempre será a fuga deste bonde.