13 de nov. de 2008

O Sofá

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O sofá da sala fez alguns anos
A vida que assenta
Não é a mesma que assentou
Foi conspurcado
Abusaram e deitaram no sofá
Não pediram
Ele não reclamou seu direito de sofá
Deitaram e abusaram do sofá
O quadro fixado na parede
Incomoda ninguém
Arte que virou enfeite
Provável se excluírem da sala
Deixe mais besta a parede
O tapete firma quem está de pé
Aquece e conforta
Luxo mal percebido
Nem importa de onde advindo
Pisado, quem trabalhou a trama não interessa
Está pronta e... paga?
A sala permanece notável
Enquanto a tv está ligada

Mas o lucro é do sofá
O sofá da sala que fez alguns ânus
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5 comentários:

Regina Graça disse...

O tapete segura quem está de pé na sala de estar...

Um poema seguro!

Regina Graça disse...

O tapete segura quem está de pé na sala de estar...

Um poema seguro!

Josely Bittencourt disse...

Quanto ânus para um sofá, relação notável, não se poupa as laterais, o encosto, um sofá se fez inteiro para ânus. Alguns devem pensar q isso é pura sorte...



rssr

Graça Pires disse...

Não troques o sofá...
Um abraço.

livia soares disse...

Muito interessante esse olhar para um objeto que de repente se revela portador de história e memória...
Um abraço.