25 de ago. de 2008

Assassínio

.
Os passos, agora, aumentam a firmeza, enquanto os veículos passam velozes ao meu lado. Continuo caminhando, medito metafísicas, sob a abóbada negra, pontilhada de soturnidades. O céu, como um espelho da alma, reflete o que sentimos, parece me acusar com suas estrelas a brilhar intermitentes. A cachaça cria névoa, embaça minha memória. Esqueço quem fui nas últimas horas. Agora, eu apenas sou... fruto do acaso.

O efeito do etanol começa a dissipar-se, as reminiscências vêm voltando vagarosas deixando-me inquieto, não gosto da sensação. Sinto-me prisioneiro em mim mesmo. Às vezes, saboreio um gosto de sangue mas gosto. Essas ruas repetidas é que me dão náusea

4 comentários:

Jorge Elias Neto disse...

Bem que a prefeitura de Vitória esta tentando tirar a monotonia das ruas...
Agora a náusea é por outra razão.
Gostei muito do desfecho que vc deu ao texto.
Encontrei seu comentário no blog da Lívia; gosto dos poemas que encontro por lá.

Um grande abraço,

PS: Agora foi a Hanne que tirou o Blog do ar?

Jorge Elias

Mésmero disse...

Boa pergunta, Jorge.

Mas talvez ela só tenha mudado o endereço. Vou me informar com ela.

livia soares disse...

Olá, Mésmero.
Grata pela visita.
Gostei muito do seu blog.
Temos algumas afinidades, pelo que pude ver numa visita rápida (para já, também sou fã de Stephen King).
Mas quero ler com calma os seus textos. Voltarei em breve.
Um abraço.

Mésmero disse...

Por falar em King, tive que parar a leitura de A dança da morte, por causa das aulas. Acho que só poderei conclui-la em dezembro.