24 de mar. de 2008
Uma Tarde
Reconheci, pelos olhos, o sorriso
Só visto em foto de minha amiga
E confabulamos por várias horas
Até o triste matiz do arrebol.
Agora cresce uma má vontade
Em meu peito assaz contrito
Porque chegou a hora da partida,
Da distância longínqua sem alarde.
Na imensa lotação, observo e concluo:
Este lugar é um ermo platônico;
Devotado a Satanás está o mundo,
Oxalá Cthulhu viesse de Plutão!
É melhor o descaso ou a alienação?
Reme, meu peito, singre para longe
Do lacrau urbano e se lembre da feição
Amiga, que sempre será a fuga deste bonde.
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6 comentários:
Minha primeira visita no seu blog, gostei muito do que li.
Bonita poesia, a escolha das palavras - normalmente é uma coisa que me encanta - achei lindo quando disse: "Reme, meu peito, singre para longe..."
Até mais ver.
Rapaz, tornou a tarde poética!
você arrebenta nisso hein?
ainda tenho muito o que aprender...hahaha...
parabéns.
Não digo que a criança é mais linda que a poesia pra você não pensar que sou uma esnobe mal-agradecida.
Haha
Como disseram por aí: você leva jeito pra coisa. ;)
Beijo, Lu!
Sim, eu adorei. E me lembro desta tarde.
Ah, que isso, você é mais bonita que poema sim. Sem você ele nem existiria.
É, isso é verdade!
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