29 de set. de 2010
.
Há uma flor em meu quarto
e me observa
reflexiva
Estranho como me analisa
sem movimento nem pudor
Há um quê de sombrio
em se pensar nela (enquanto transito
pela rua) sozinha naquele aposento
Qual a cor, o olor
que pétala cai
A água chovida
sobre seu pedúnculo
não rega vida nem cintila
Aqui, do lado de fora,
ninguém a pode admirar:
Lá, ela está só no universo
.
Há uma flor em meu quarto
e me observa
reflexiva
Estranho como me analisa
sem movimento nem pudor
Há um quê de sombrio
em se pensar nela (enquanto transito
pela rua) sozinha naquele aposento
Qual a cor, o olor
que pétala cai
A água chovida
sobre seu pedúnculo
não rega vida nem cintila
Aqui, do lado de fora,
ninguém a pode admirar:
Lá, ela está só no universo
.
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