24 de jan. de 2009

Tomo de bolso

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Abre as páginas de um livro velho e antigo

e sente o perfume das traças aclamadas pelo grande público

Com mãos sufocadas no bolso, o Homem observa as aventuras

que poderia ter usufruído, não houvesse medo de arriscar

pisar fora da monotonia de um dia que já dura a vida


O personagem zomba do leitor

É a criatura logrando seu criador

Sendo mais do que ele sempre foi


O Homem não solta a capa dura do livro em sua mira sedenta

Ousa viver circunspecto

enquanto escreve poemas

mais valorativos que toda uma vida


Pela palavra,

o herói salva o mundo apocalíptico do Homem,

pelo cujo homem

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